HISTÓRIA: COMO CARLOS ALBERTO PARREIRA CHEGOU NO BRAGANTINO

TREINADOR FOI CONTRATADO PARA SUBSTITUIR VANDERLEI LUXEMBURGO. ANTES DE CHEGAR A SELEÇÃO, PARREIRA FOI VICE CAMPEÃO BRASILEIRO NO MASSA BRUTA

Natural do Rio de Janeiro, atualmente com 78 anos, dentre os quais 39 dedicados ao futebol, curiosamente, Carlos Alberto Parreira, um técnico muito contestado por suas teorias e métodos de trabalho, só chegou à Seleção Brasileira como treinador, após uma rápida passagem pelo Bragantino.

O que poucos sabem é que no extenso currículo de Parreira, dirigir o Bragantino no Campeonato Brasileiro de 1991, foi a mola propulsora para chegar à Seleção e levantar o tetra, sonhado há 24 anos.

Anunciou a aposentaria em 2010, mas posteriormente, em 2012, atendeu a um pedido de Felipão e retornou como coordenador técnico da seleção antes da Copa de 2014.

A HISTÓRIA NO BRAGANTINO - Em 1990 o Bragantino tinha atingido o auge de sua história ao conquistar o título paulista em cima do Novorizontino, naquela que ficou conhecida como a “Final Caipira”. O time era dirigido por Vanderlei Luxemburgo, que um ano antes (1989), já tinha sido campeão brasileiro da Série B.

A intensa convivência no clube provocou um desgaste natural que eclodiu com divergências por pagamento de bichos e prêmios pelo título paulista. Luxemburgo chegou ao seu limite, tanto que, acabou por pedir demissão.


Nabi Abi Chedid, patrono do clube, deputado estadual e vice presidente da CBF, garantiu que seu clube de coração teria um futuro diferente. "Nós vamos arrumar um técnico melhor", enfatizou.

O filho Marco Chedid, então diretor de futebol do Massa Bruta, recebeu a incumbência do pai de encontrar este substituto. A princípio, o pedido do pai parecia uma 'missão impossível', até que em uma conversa informal com o jornalista Brasil de Oliveira, em Campinas, surgiu o nome de Parreira.

A princípio aquilo também parecia impossível. Parreira acabara de retornar do futebol árabe.

Marco consultou o pai sobre o nome do provável substituto de Luxemburgo e recebeu carta branca para iniciar as conversações. Brasil de Oliveira descobriu o telefone de Parreira, no Rio de Janeiro e o primeiro contato foi feito.

Era dia 23 de dezembro. Cordial, Parreira deve ter se surpreendido do outro lado da linha, mas usou palavras educadas para marcar um encontro no dia seguinte em sua casa. A reunião foi franca e rápida entre Marco Chedid e Parreira. O treinador confirmou sua intenção de trabalhar num clube brasileiro e que este clube poderia ser o Bragantino, desde que, houvesse um alinhamento de ideias e um planejamento.

Alguns dias depois, aconteceu a segunda reunião, então em São Paulo, com a presença de Nabi, que desenhou um cenário no qual Parreira, num curto prazo, poderia chegar ao comando da Seleção Brasileira.

As exigências de Parreira para assumir o Bragantino foram: um salário condizente para cobrir suas despesas ao lado da esposa e das duas filhas, um apartamento confortável e dois carros novos, um para ele e outro para sua esposa.

O que parecia impossível tornou-se realidade. O acordo foi fechado por cinco mil dólares – atualmente menos de 30 mil reais mensais – de salário. Era a metade do que ganhava Luxemburgo.

Parreira foi instalado num confortável apartamento no melhor prédio de Bragança Paulista, tendo na garagem dois carros novos do modelo Monza-GM, sinônimo de luxo na época.

Depois disso, todos conhecem a história. O Bragantino foi vice-campeão brasileiro em 1991 – dia 9 de junho – e quatro meses depois (em outubro) Parreira assumiria a seleção brasileira no lugar de Paulo Roberto Falcão.

No dia 17 de julho de 1994, Parreira conquistou o tetra mundial em Los Angeles.

Comentários

J. Neves disse…
E foi mesmo o Nabi que o colocou na seleção?
SILVIO LOREDO disse…
J Neves foi sim o Nabi que o indicou e sua indicação foi aceita, pois ele tinha uma grande rejeição entre a imprensa e torcedores de São Paulo e a campanha com o Bragantino o credenciaram. Abraços

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